Recorde-se que o professor do Instituto Politécnico de Santarém, autor do blogue "Do Portugal Profundo", foi o primeiro a levantar o véu sobre o caso do diploma do primeiro-ministro, que encheu de polémica a Primavera do ano passado. Segundo o próprio escreve no seu blogue, o despacho de arquivamento, que recebeu ontem e com data de sexta-feira passada, terá sido assinado pelas procuradoras-gerais adjuntas Maria Cândida Almeida (directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal) e Carla Dias.
"O Ministério Público arquivou e mandou notificar o cidadão José Sócrates e primeiro-ministro para deduzir, se o entendesse, no prazo indicado, acusação particular. José Sócrates não deduziu acusação particular contra mim e o Ministério Público determinou o arquivamento dos autos", revela António Balbino Caldeira.
O processo contra o professor tem, assim, o mesmo desfecho do que o inquérito levantado pela Procuradoria-Geral da República ao caso da licenciatura de Sócrates, arquivado em Agosto passado, por não se ter verificado a prática de crime de falsificação de documento.
Caldeira, que chegou a acusar o primeiro-ministro de "falta de coragem", devido ao processo-crime", dedica o "veredicto" de sexta-feira especialmente àqueles "que sofreram acusações e perseguições pelo que escrevem".
(in Jornal de Notícias)