«O Estado devia fazer um esforço para reduzir pelo menos metade das empresas municipais que existem e que não são necessárias. Era bom também que alguém disciplinasse este facto iníquo que é haver num país com a nossa dimensão 2000 gestores municipais», defendeu.
O líder do CDS-PP falava aos jornalistas no final de uma visita ao jardim de infância da Associação Unidos de Cabo Verde, na Amadora, que prossegue um projecto de formação musical a alunos, com o apoio de um centro comercial local.
Paulo Portas criticou o «aumento do endividamento das câmaras de um ano para o outro de mil milhões de euros», considerando que «só pode ter a explicação de ter sido um ano eleitoral».
«Alguém tem que por pressão para que não mais seja possível criarem novas empresas municipais», defendeu ainda o líder do CDS-PP, afirmando que o número de empresas municipais existentes, «mais de 250», é demasiado para a dimensão do país.
«É com este tipo de despesa e de descontrolo da dívida que depois pedem sistematicamente às pessoas para pagarem mais impostos. O esforço tem que ser feito pelo lado da despesa e não pelo lado dos impostos», defendeu.
O líder democrata cristão assinalou que hoje, dia da entrada em vigor das novas tabelas de retenção de IRS, «ficará tristemente célebre» como o dia em que a carga fiscal «subiu para 39 por cento do PIB».
Paulo Portas voltou a responsabilizar o PS «porque subiu a despesa desmesuradamente e agora aumenta impostos» e o PSD porque «aceita aumentos de impostos sem ter garantias de que vai haver reduções na despesa que vai ser reduzida».
«Como é que é possível que se faça um aumento de impostos sobre o trabalho quando as empresas públicas só este ano vão receber mais 1100 milhões de euros que no ano passado?», questionou.
E porque que o Paulo Portas começou a despedir os militantes/amigos do CDS/PP, porque defende a extinção de metade empresas municipais, curiosamente muitos milintantes do CDS/PP trabalham nessas empresas!!
Paulinho tens de ter mais cuidadinho se não ai, ai!