Passos Coelho, essa magna antena da raça, procurou justificar ao Congresso o seu paupérrimo percurso de vida, entremeando um espectáculo por si já profundamente ridículo com remoques de indiscutível mau gosto, referindo-se com cinismo (e ternura) ao “amigo Ângelo”, à sua nobre recusa da reforma parlamentar e à “necessidade”, em tempos sentida, de sair do Parlamento e interromper uma venturosa carreira política para, e cito de memória, ir "para a faculdade e para as empresas" - essas abstractas realidades - tratar da sua vida.
Foi o único candidato que o fez e o único que sentiu necessidade de o fazer. E isso, como é bom de ver, é o mais eloquente retrato do seu medíocre trajecto.
A meu ver um excelente retrato ao perfil de Passos Coelho.