sábado, 13 de março de 2010

Paulo Rangel apela à ”desocratização” de Portugal


Depois de elogiar o “exemplo cívico” de Manuela Ferreira Leite nos serviços que “prestou ao país” na sua capacidade de “estar acima de todos os interesses, incluindo dos interesses pessoais”, o candidato confessou ter sentido um certo “nervoso miudinho” antes de subir ao púlpito: “E pensei: o PSD tem de falar claro ao país e tem de falar forte”.


Mantendo sempre um registo de elevado tom dramático, Rangel disse e repetiu que “chegou a hora do PSD marcar a diferença e fazer rupturas”, recordando que “sempre que o PSD falou claro o PSD mobilizou os portugueses e venceu eleições”.

Citou os exemplos de Sá Carneiro, Pinto Balsemão e Cavaco Silva.

“O PSD só vencerá eleições e só transformará Portugal se for capaz com essa mesma clareza e força de afirmação fazer uma ruptura e chegou a hora da ruptura”, apontou com o dedo em riste.

O eurodeputado tentou marcar as diferenças com os socialistas acusando o governo de navegar próximo dos interesses económicos e financeiros e denunciou a “propaganda do politicamente correcto, da ilusão e da omissão que desacredita todos os políticos”.

Depois de detalhar os “fracassos” da governação socialista, Rangel clamou que “acabou o mito do reformismo do PS” e comparou José Sócrates a Hugo Chavez pela tentativa de “personalizar e funalizar o poder”.

Embalado pelos aplausos, disse que Sócrates “é o rosto dos bloqueios da vida portuguesa” e acrescentou que o “socratismo representa um projecto de poder baseado no controlo dirigista da sociedade, das empresas e da comunicação social”.

Um registo duro que insistiu na urgência de “não ter medo nas palavras” para reclamar “uma verdadeira dessocratização”.

Perante o “desalento, a resignação e desespero” que assolam o país, Rangel ofereceu “rumo, esperança, orientação e luz” para acudir à “reserva última de energia, de alma e de sentido patriótico” dos portugueses para ressuscitar a “última reserva” e transformar esse “resíduo” em “garra, raça e expectativa”.

A intervenção terminou como começou: apelando aos militantes para se assumirem como “donos do seu destino” e usarem o voto na eleição do novo líder como uma “responsabilidade individual e instransmissível”: “No dia 26, vamos libertar o futuro de Portugal”, clamou.

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