sábado, 26 de dezembro de 2009

Uma Guerra pelo “Santo Natal”

Pai Natal vs. Menino Jesus
Bem realmente nesta época natalícia tudo é valido para vender e angariar fundo para tudo e todos.


A plataforma Estandartes de Natal 2009 “copiou” uma ideia vista em Espanha à três anos atrás e como em Portugal tudo demora mas finalmente chega já temos o “menino Jesus” preso nas varandas de Lisboa.

Basicamente é uma “guerra” entre o “Pai Natal ladrão”, aquele que se percorrermos as ruas de Lisboa e de Portugal vemos a “trepar” pelas varandas e por vezes estão em bando (2,3 ou mais) o que mostra um egoísmo brutal, afinal de contas quem é que quer mais do que um Pai Natal? (Não percebo mas também não vou tentar compreender).

Mas continuando a falar da saga Pai Natal vs. Menino Jesus, é que o engraçado da “coisa” é que está iniciativa foi desenvolvida pelo um grupo de famílias cristãs que está a dinamizar a venda dos símbolos nalgumas cidades do País.

Mas o Natal não é oferecer? Tipo prosperidade, auto-ajuda e esse tipo de coisas?

Bem acho que não é consumismo puro e duro!

Nuno Saraiva da Ponte, o responsável pela plataforma Estandartes de Natal 2009, relata que esta iniciativa tem como finalidade recuperar a ligação da imagem do Menino Jesus ao Natal, que foi substituída pelo pai natal, inventado pela Coca-Cola nos anos 30. Mas para muitos, "quem traz os presentes" é o Menino Jesus, imagem que estava a desaparecer.

Bem meu caro Nuno Saraiva Ponte (responsável pela plataforma Estandartes de Natal 2009), o Pai Natal não foi inventado pela Coca-Cola mas sim Thomas Nast, caricaturista e cartoonista político o personagem (Pai Natal) foi inspirado em São Nicolau Taumaturgo, arcebispo de Mira na Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro.

Alguns cristãos dizem que a tradição de Pai Natal desvia das origens religiosas e do propósito verdadeiro do Natal. Outros críticos sentem que Pai Natal é uma mentira elaborada e que é eticamente incorrecto que os pais ensinem os filhos a crer em sua existência. Ainda outros se opõem a Pai Natal como um símbolo da comercialização do Natal, ou como uma intrusão em suas próprias tradições nacionais.

Pai Natal até então era representado com roupas de inverno, porém na cor verde. O que ocorre é que em 1931 a Coca-Cola realizou uma grande campanha publicitária vestindo Pai Natal ao mesmo modo de Thomas Nast com as cores vermelha e branca, o que foi bastante conveniente, já que estas são as cores de seu rótulo. Tal campanha, destinada a promover o consumo de Coca-Cola no inverno (período em que as vendas da bebida eram baixas na época), fez um enorme sucesso e a nova imagem de Pai Natal espalhou-se rapidamente pelo mundo. Portanto, a Coca-Cola contribuiu para difundir e padronizar a imagem actual, mas não é responsável por tê-la criado.

Ainda explica Nuno Saraiva Ponte que o que levou a “trazer” esta ideia da vizinha Espanha foi um "sentimento de vazio que tentámos preencher", negando, contudo, que esta iniciativa seja uma "resposta directa" à existência de tantos Pais natais nas cidades.

"Há uns anos, surgiu o Pai Natal que é um adereço. O nosso estandarte também é um símbolo. Mas que pretende partilhar com os vizinhos, os amigos e as pessoas que passam na rua o que é para nós a alegria e o verdadeiro espírito do Natal."

A prova de que há muitas pessoas dispostas a demonstrar que "para si, o Natal é uma festa cristã", acrescenta, está na adesão à iniciativa. Em pouco mais de três semanas, foram colocados seis mil estandartes nas ruas, embora o tempo litúrgico só comece hoje (domingo), com o início do Advento. A organização espera vender, pelo menos, mais quatro mil nos próximos dias. Em Lisboa, estandartes encarnados podem ser encontrados nalgumas das avenidas mais importantes, como a Infante Santo ou a Buenos Aires. Mas a adesão é notória em outras cidades, como Porto, Braga, Faro, Évora, Montijo e Setúbal.

Fazendo as contas a Plataforma Estandartes de Natal 2009 “cobra” por este gesto de voltarmos a ter a crença natalícia mais apurada 15€ (quinze euros) por estandarte fazendo contas às quatro mil unidades que pretendem vender dá a módica quantia de 60.000€ (sessenta mil euros), mas viva ao Natal e ao verdadeiro espírito natalício!..

O grande problema de tudo isto é que as lojas do chinês (as milhares que existem de norte a sul em Portugal, não respeitaram esta bela ideia e, pimba também já existem os estandartes do Menino Jesus made in China (e posso-vos garantir que deve custar bem menos do que 15€ (quinze euros).

O mais importante de tudo vem agora:

Para a iniciativa chegar às comunidades católicas, foram contactadas algumas paróquias mais dinâmicas da capital, como a da Estrela ou dos Jerónimos. Rapidamente, a venda dos estandartes se alargou. Os estandartes, resistentes à chuva, custam 15 euros são vendidos localmente, sendo que o dinheiro serve para custear a importação do produto de Espanha e para apoiar as paróquias que colaboram na iniciativa.

Agora só falta saber qual será a "nova mascote" para o Natal de 2010, sinceramente espero que não seja o Burro do presépio pois colocar o burro na varanda sinceramente não vai dar muito jeito pois a minha varanda é pequena ;)

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